sábado, 7 de abril de 2012

Touch me, babe

"Come on, come on,
Come on, come on
Now, touch me, babe.
Can't you see that I am not afraid?"
 
 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Reflexões,


 Sofro, agora. Por descuido. Por não dosagem. De construção de expectativas. De construção de sonhos. Cegueira. Ilusão. Problema não está no gostar. No querer, desejar. A questão é: será que o amado poderá corresponder as suas fantasias? Será que tamanha idealização não poderá estar acabando. Com toda a possibilidade de envolvimento?

Perco-me em perguntas. Hesitante, mantenho o ritmo de meus pés. O caminho era o rotineiro. No estado em que me encontrava. Não estranharia em perder-me ou enganar de esquina.As pessoas, deviam ser as mesmas. Olham, mas não veem. Cada qual em seu mundo particular. Em seus interesses individuais. E seu descontentamento. Ou estampado no rosto. Ou mascarado. Mas irrefutavelmente presente. Nos corações. E mentes.

Meus pés seguem em frente. Já os meus pensamentos. Permanecem. Os mesmos. Sofro, por descuido. Por ter criado castelos. Agora sou escrava do meu erro. Por que não apenas gostar? Por quê não deixar as coisas fluírem naturalmente? Ouço música. Parece que todas as letras e melodias remetem à você. "I won't cry, I won't cry, no I won't shed a tear...Just as long as you stand, stand by me"

E sigo meu caminho. Reajo como se estivesse no piloto automático. Meus pensamentos flanam, voam ágeis, para bem distante. Não sei quantas horas são. Nem me importo, se chegarei à tempo. Não me arrependo de meus atos. Muito menos de sentir. Mas sinto-me derrotada.
Tenho vergonha de meus devaneios. A música de certa forma. Incomoda. Está em discordância com a realidade. Como dói. A incolor e genuína realidade. "No I won't be afraid, no I won't be afraid Just as long as you stand, stand by me"

Mas há algo, dentre tudo que me deixa confusa. Que me atormenta. Ele também é apaixonado. Também anda por aí escutando canções de amor. Arruma-se, perfuma-se toda manhã. E ensaia mentalmente o que dizer, como dizer. Às alegres tardes ao lado de sua amada .Os beijos E mais beijos. E o pedido de namoro. Mas eu não sou essa pessoa. Ele nunca poderá corresponder aos meus sentimentos. Não da forma como eu quis.

E sigo minha caminhada. Confesso que tenho forças para lutar. Mas por proteção, simplesmente não quero usá-las. Não irei mais correr atrás. Nem, estupidamente, ficarei. Fazendo planos para nós. Inventando assuntos. E formas de me aproximar. De conversar com você. De roubar sua atenção. Ser egoísta. Querer inconscientemente, obrigar-te. A Amar-me. A querer-me.
"I'm here without you baby But you're still on my lonely mind I think about you baby And I dream about you all the time "

Eu estou sem você, e permanecerei sem você. Pois nunca lhe tive. E nunca o terei. Porque todos os seres humanos são livres. Gostar não é aprisionar alguém. Torná-lo sua propriedade privada e vitalícia. O amor é antagônico à possessividade. Ao ciúme. A incompreensão. Amor é liberdade. E agora, em harmonia com meus sentimentos. Tenho consciência disso. Se for pra ser, será.
E não deixarei, de gostar. Ou de pensar em você. "I'm here without you baby But you're still with me in my dreams"

Apenas irei adquirir minha independência. Hoje é o dia da alforria de meus amores idealizados. Serei autossuficiente. Evitarei frustrações. Não haverá expectativas. Corresponderei à atenção proporcionalmente. E seguirei minha estrada. Com ou sem você.

quinta-feira, 5 de abril de 2012





 "Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você."

Caio Fernando Abreu